Filmes: Caso 39; Sonhos Roubados; Utopia e Barbárie; Chico Chavier; Zona Verde.
15/04 - Cine System Bangu
Caso 39 (trailer) (IMDB) (site)(Dir.:Christian Alvart Com: Renée Zellweger, Jodelle Ferland, Ian McShane, Kerry O’Malley, Bradley Cooper.EUA-2009)
Emily Jenkins, uma assistente social idealista que acredita que já viu de tudo. Até que se depara com seu mais novo e misterioso caso, a perturbada adolescente de 10 anos Lilith Sullivan. No entanto, Emily descobre mais tarde que a garota não é tão inocente quanto parece, quando os pais tentam matar Lilith, a única filha. Emily a salva e decide ficar com a menina até que a família adotiva perfeita, apareça. Então o verdadeiro terror tem início.
Opinião: Eu curto filmes de suspense, terror e por aí vai, mas o pessoal tá muito sem criatividade. Mal saiu de cartaz "A Órfã" e já tem um filme que segue a mesma linha no circuito.
Vamos lá, receita de bolo:
"Uma mulher fica com peninha da menina que veio de um lar conturbado e a traz pra casa pra morar temporariamente com ela. Daí descobre que a culpa não era dos pais."
Você já comeu uma fatia desses né? Tudo bem que a história de "A Órfã" é diferente, mas rezam da mesma cartilha. E "Anjo Malvado"? Pois é...
Se eu não tivesse assistido o clone da história, talvez eu gostasse, mas só consegui me sentir bem com as atuações da garotinha - Lillith Sullivan (que, cruzes, me pareceu totalmente freak), do Assist.Social - Bradley Cooper e do Pai da Freak dos Infernos - Callum Keith Rennie. A pobre Renée Zellweger parece que nunca vai desencarnar Bridget Jones.
Dá pra perceber que eu não curti o filme. Felizmente só gastei R$4 =)
Art West Shopping
(Dir.: Sandra Werneck. Com: Nanda Costa, Amanda Diniz, Kika Farias, Marieta Severo ,Daniel Dantas. Brasil-2010)
Jéssica (Nanda Costa), Daiane (Amanda Diniz) e Sabrina (Kika Farias) são adolescentes e moram em uma comunidade carioca. Elas eventualmente se prostituem, no intuito de conseguir dinheiro para satisfazer seus sonhos de consumo. Entretanto, mesmo com os problemas do dia a dia, elas tentam se divertir e sonhar com um mundo melhor.
Critica: Vertentes do Cinema
Opinião: Mais um "filme-favela" entrou em cartaz no circuito comercial nacional (logicamente não vai durar mais do que 2 semanas em qualquer sala por não ter nenhuma estrela de novela, apesar da Marieta Severo e o Daniel Dantas estarem no elenco).
O filme que trata da vida das 3 meninas moradoras de uma favela, que têm suas vidas bagunçadas pelos altos e baixos daquela realidade, enfrentando ausência dos pais, relacionamento com traficante, prostituição etc; tenta trazer o espectador pro lado das personagens principais, através das sofridas situações que elas enfrentam, o que não é nada difícil dados os episódios apresentados.
Fato é que a situação toda acontece na favela e, bem, não precisava. Parece uma bandeira que alguns cineastas precisam levantar pra conseguir público pros seus filmes dizendo: "Filmar na favela dá público", em letras grandes e mal-pintadas em pano surrado e rasgado, parecendo com aquelas propagandas informais pintadas em muros que se vê pela cidade... "compro carro batido, pago à vista".
Agora, olhando apenas pela história e como ela é contada, deixando de lado a martelação pró-favela e a pseudo-integração que isso tenta passar através do filme, é interessante ver as boas atuações em cenas complicadas (na minha opinião) de interpretar, mesmo para um ator com bastante experiência. Cenas com uma carga dramática intensa, que, embora sejam poucas, dão corpo ao filme.
No final das contas eu gostei, mesmo sendo um militante anti-filme-favela (não que não goste, mas acho que já chega!) por se tratar de uma boa produção com elenco misto bastante integrado.
(Dir.: Silvio Tendler. Com: Álvaro Caldas, Amira Hass, Amir Haddad, Amos Gitai, Ahlan Abu Alnaj, André Herich, Augusto Boal, Avital Bem Ishay, Bernardo Kucinski, Bruno Muel, Cacá Diegues, Carlos Chagas, Denys Arcand, Dilma Rousseff, Eduardo Galeano, Evandro Teixeira, Faride Zeran, Fernando Solanas, Ferreira Gullar, Francesco Rosi, Franklin Martins, General Giap, Gianni Vattimo, Gillo Pontecorvo, Hugo Arévalo, Ivan Izquierdo, Jacob Gorender, Jair Krisker, Jean Chesneaux, Jean Marc Salmon, Juliano Mer Khamis, Leonardo Boff, Leandro Konder, Luis Carlos Maciel, Macarena Gelman, Marceline Loridan, Maria do Carmo, Marlene França, Martin Almada, Mauro Santayana, Michael Stivelman, Moacyr Félix, Mohamed Alatar, Muneer Shaban, Nahum Mandel, Naisandy Barret, Ottoni Fernandes Jr., Patrícia Bravo, René Scherer, Roberto Retamar, Roger Rodrigues, Rose Nogueira, Samuel Blixen, Sérgio Santeiro, Shin Pei, Shizuo Ozawa, Susan Sontag, Takao Amano, Uri Avnery, Vu Khoan, Xuon Phuong, Yael Lerer, Zacharia Zubeidi, Zé Celso Martinez. Brasil-2010)
Retrata e interpreta o mundo pós-segunda guerra mundial e suas transformações; as utopias que nele foram criadas e as barbáries que o pontuaram. Descreve o desmonte das utopias da geração sonhadora de 1968 e analisa a criação de novas utopias neste mundo globalizado. (Interfilmes)
Crítica: Vertentes do Cinema
Opinião: Nada melhor do que assistir um bom filme e ainda ter a sorte de poder conversar com o diretor. Esse é único motivo justificável pra acordar às 7h e ainda ficar de bom humor.
Assim foi minha manhã de sábado no Ponto Cine.
O filme traz muitos depoimentos dos episódios sofridos por atuais personalidades da sociedade brasileira, além de participações estrangeiras. Com isso ele traz de volta uma época que muitos ainda tentam esquecer enquanto outros, talvez iludidos por falsas memórias ou a total ausência de envolvimento com as lutas da época, insistem em achar que "foi muito bom, pois era seguro".
O retrato das maldades sofridas só reforça a minha certeza de que a Ditadura, independente de quem a esteja comandando e as mesmo com as melhores intenções do mundo, nunca deveria ser considerada como uma alternativa de governo. É claro que ela nunca surge como opção, mas imposição.
O filme complementa o cenário histórico apresentado por alguns outros bons exemplos de produções sobre a época, como do documentário "Hércules 56" e o ficcional "Quase 2 Irmãos".
Espero que possa ter boa aceitação do público, coisa que
geralmente
não acontece com os filmes nacionais de boa qualidade, principalmente documentários, por não ter o mesmo apoio da mídia para divulgação. Esse espaço geralmente é destinado aos pseudo-filmes de produção generosa e elenco "global" que se limita a fazer comédia acéfala, culminando (ou melhor, chegando ao fundo do poço) em releituras de filmes hollywoodianos.
Em suma,
é uma obra de arte indiscutível. Um trabalho meticuloso e extraordinário.
Toda a sorte do mundo para essa grande produção do cinema nacional realizado ao longo de 30 anos pelo diretor Silvio Tendler. Super-mega-hiper-pra-caramba recomendado.20/04 - Cinesystem Bangu
(Dir.: Daniel Filho Com: Matheus Costa, Angelo Antônio, Nélson Xavier, Tony Ramos, Christiane Torloni. Brasil-2010)
Desde criança, Chico Xavier (Matheus Costa) ouvia vozes e via pessoas que já tinham falecido. Seus relatos eram sempre desacreditados, sob a justificativa que eram sua imaginação ou obra do demônio. Ao crescer, ele (Angelo Antônio) passa a usar seu dom para psicografar cartas. Logo se torna um ícone em sua cidade natal, despertando a ira do novo padre (Cássio Gabus Mendes) e acusações de ser uma fraude, já que publica livros de pessoas famosas que já tinham morrido. Já envelhecido, Chico (Nélson Xavier) participa do programa de TV "Pinga-Fogo", onde fala sobre sua trajetória de vida e questões do espiritismo. Através dele conhece Orlando (Tony Ramos), diretor de imagem do programa, que é ateu. Ele e sua esposa Glória (Christiane Torloni) sofrem devido a perda do filho, Tomás, morto quando ele e um amigo brincavam com uma arma encontrada. Agora o casal precisa decidir se irá agir no processo que pode condenar o responsável pela morte de Tomás.
Minha Opinião: A história do cara é muito interessante, mas quanto ao filme...bem, Daniel Filho é um ótimo diretor de novela.
(Dir: Shawn Levy Com: Steve Carell, Tina Fey, Mark Wahlberg, Taraji P. Henson. EUA-2010)
Phil (Steve Carell) e Claire (Tina Fey) são um casal que quebram uma rotina monótona e percebem que a noite pode ser mais do que um simples jantar em casa ou ir ao cinema.
Em uma tentativa de sair da rotina e apimentar o relacionamento, Phil, decide levar sua esposa para um dos melhores restaurantes de Manhattan. Porém, os Fosters não fizeram reservas. Na esperança de conseguir um lugar para sentar, Phil e Claire roubam as reservas de um outro casal que não compareceu ao estabelecimento. Agora Phil e Claire são os Tripplehorns.
No entanto, os Tripplehorns, são um casal de ladrões que estão sendo caçados por uma dupla de policiais corruptos muito perigosos. (Cinema10)
Em uma tentativa de sair da rotina e apimentar o relacionamento, Phil, decide levar sua esposa para um dos melhores restaurantes de Manhattan. Porém, os Fosters não fizeram reservas. Na esperança de conseguir um lugar para sentar, Phil e Claire roubam as reservas de um outro casal que não compareceu ao estabelecimento. Agora Phil e Claire são os Tripplehorns.
No entanto, os Tripplehorns, são um casal de ladrões que estão sendo caçados por uma dupla de policiais corruptos muito perigosos. (Cinema10)
Crítica: Omelete
Opinião: Foi quase divertido, com muitas piadas forçadas. Pode ser que minha antipatia pelo Steve Carell tenha alguma participação nisso =)
28/04 - Art West Shopping
(Dir: Paul Greengrass Com: Matt Damon, Greg Kinnear, Brendan Gleeson, Jason Isaacs, Amy Ryan. França/EUA/Espanha/Reino Unido-2010)
Em 2003, o subtenente do exército americano Roy Miller e sua equipe são designados para achar armas de destruição em massa supostamente guardadas no deserto do Iraque. Mas, indo de um lugar cheio de armadilhas e trincheiras a outro, os homens que buscam agentes químicos mortais esbarram em uma farsa que subverte o propósito da missão. Agora Miller precisa vasculhar os serviços secreto e de inteligência escondidos em terra estrangeira para encontrar respostas que ora acabarão com um regime nocivo ora propagarão uma guerra em uma região instável. Nesse momento delicado e nesse lugar inflamável, ele descobre que a arma mais ilusória de todas é a verdade. (Interfilmes)
Crítica: Omelete
Opinião: Me agradou mais do que "Guerra ao Terror", já que assisti esperando um filme de ficção ambientado na ocupação pós-guerra do Iraque.
A história começa parecendo ser apenas mais um filme de guerra e nisso vai até pouco antes do meio. Nesse momento (eu acho que "Michael Moore" entrou na sala do roteirista, tomou seus rascunhos e deu continuidade ao roteiro) é que o filme fica interessante, pois muda a perspectiva do espectador, dá uma alfinetada nos "defensores da liberdade" e naqueles que acreditam que os EUA são o xerife do mundo.
É interessante ver que é possível assistir bons filmes mesmo quando abrem pro grande circuito comercial, dando esperanças que essas produções ajudem as nacionais a decolarem. Como? Bom, fazendo a população pensar e ver que existem coisas mais importantes do que carinhas bonitas e cenas de erotismo nos filmes atuais. Vale bastante o ingresso.
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